A Senadora de Mato Grosso do Sul, Soraya Thronicke, escolhida a semana passada como vice-líder do governo Bolsonaro no Senado, tem o papel de defender pautas prioritárias do governo no parlamento. Ela que sempre realizou o trabalho de articulação política nos bastidores, encara o cargo como continuidade de tudo o que já vinha desempenhando.
“A articulação é de suma importância para que a gente consiga aprovar as reformas, nisso está a reforma tributária. São muitas questões que estão paradas no Congresso Nacional justamente porque a prioridade é enfrentar a covid-19. Mas muitas outras questões estão relacionadas, a essas questões econômicas, então é uma responsabilidade. Eu já fazia. Sempre trabalhei nessa articulação de bastidor só que agora aparece mais. Então é um reconhecimento do meu trabalho”.
De fora da mesa da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, nenhuma das 12 senadoras da casa foi eleita para compor a comissão. Mesmo sem acento, qualquer parlamentar pode direcionar perguntas às testemunhas. Na semana passada, após um acordo com o presidente da CPI, o senador Omar Aziz, ficou acertado que uma senadora poderia perguntar entre os primeiros questionamentos, exclusivo aos parlamentares da comissão. O realocamento de posição causou confusão entre os senadores que questionaram a alteração do regulamento. Para a senadora, a situação mais uma vez demonstrou a necessidade de alterar o regimento da casa, para que as senadoras tenham voz no parlamento.
“Somos 12 senadoras e os nossos blocos não nos escolheram. Eu sou líder do PSL, eu poderia ter me escolhido. Mas é uma divisão entre os blocos parlamentares, e nós não fomos escolhidas. Nós temos o direito de, qualquer senador, fazer perguntas só que nós estávamos ficando sempre pro final, porque tem direito a fazer perguntas os titulares, depois os suplentes e depois o restante do senado federal e aí nós estávamos misturadas aos demais senadores. Nós conseguimos uma inversão de ordem para apenas uma falar. Agora vamos ter que tomar uma atitude em relação à CPI, para mudar o regimento, para fazer a indicação de um membro nosso”.
Voto com o governo
Entre os governistas, há uma dissolução daqueles que votam integralmente com as pautas do governo, outros nem tanto. Sobre este assunto a Senadora reconhece que ela própria já votou diferente da indicação, mas defendeu que em pautas que são bandeiras da direita não há voto divergente.
“Eu tenho 99% das minhas votações junto com o governo. Algumas não votei igual. Questões que são essenciais das nossas bandeiras, o cerne principal, é importante que mantenha, que nos mantenhamos unidos”.
Durante a conversa, a senadora falou sobre a judicialização da política, interferência entre os poderes e outros assuntos.
A entrevista completa com a senadora Soraya Thronicke, você confere aqui: