Sem expectativa de queda no preço, segue suspensa exportação de carne para a China

(Foto: MAPA)

Desde a última quinta-feira (23), o Ministério da Agricultura e Pecuária, suspendeu as exportações de carne para a China. Isso porque um protocolo entre o Brasil e a China prevê a suspensão das exportações em caso de confirmação de doença em rebanho brasileiro. Na última semana foi confirmado um caso de o “mal da vaca louca”, nome popular da EEB (encefalopatia espongiforme bovina), no Pará.

Sobre este assunto, o Jornal das Sete desta terça-feira(28) conversou com o Doutor em Economia, Consultor na área de Economia e Agronegócios, Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Local da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), Michel Constantino que avaliou a situação no Estado. Mato Grosso do Sul possui três frigoríficos exportadores para China.

Além disso, segundo a última Carta de Conjuntura da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) publicada em janeiro de 2023, os chineses são o principal comprador dos produtos com sul-mato-grossense, representando, neste período, 27,13% do valor total exportado pelo Estado.

Para o economista a principal preocupação neste momento é com o tempo que deve durar esta suspensão. “Em 2019 foram 19 dias de suspensão, mas em 2021 foram 100 dias. Quanto mais tempo durar a suspensão, maior o impacto. Os frigoríficos podem dar férias coletivas para os funcionários para esperar resolver isso até um tempo e se demorar muito pode começar a ter demissões.”

Neste período da quaresma, tradicional entre os católicos que evitam comer carne vermelha, aliada a suspensão das exportações do produto muita gente logo ficou animada com a possibilidade de queda no valor da carne bovina no mercado interno. No entanto, segundo o analista esta é uma possibilidade pouco provável.

“Isso é uma questão de tempo, se demorar e houver uma oferta maior de carne nosso mercado, os preços vão cair. Se demorar pouco tempo não, a gente não vai ter tempo para ter maior oferta”.

A entrevista completa com Michel Constantino, você confere aqui: