‘Se a população abusa, quem paga é o pequeno comerciante’, diz presidente da Abrasel

Reprodução - Câmara Municipal

O toque de recolher decretado na última quarta-feira (26) atinge em cheio os setores que dependem da vida noturna, entre eles, o de alimentação fora do lar. Para saber como a categoria recebeu a nova medida restritiva, o Jornal das Sete conversou, nesta sexta-feira (27), com o presidente da Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel/MS), Juliano Wertheimer.

Ele salientou que  é inegável as consequências da medida no setor, no entanto, ressaltou que a população é o principal fator de controle da situação. Segundo Wertheimer, com a sociedade colaborando no respeito às regras, as medidas não precisarão ser endurecidas.

“O problema é que a própria população está impaciente de ficar resguardada e está se expondo um pouco mais ao risco […] o importante é a participação da população na manutenção dessa situação porque se a população abusa quem acaba pagando é o pequeno comerciante”.

A adaptação ao toque de recolher é, de certa forma, simples ao restaurantes. No entanto, de acordo com o presidente da Abrasel, os estabelecimento não suportam um endurecimento maior na restrição de circulação das pessoas. “Prejudica sim as casas noturnas essa questão de fazer até meia-noite toque de recolher. Elas perdem diretamente a receita, vão ficar prejudicados. Bares e Restaurantes ainda conseguem se adaptar. Agora qualquer medida mais restritiva que isso, toque de recolher às 21h e 22h, já prejudica em cheio. Tem restaurantes como pizzaria e sushi que só funcionam à noite”.

Ele falou ainda da consciência de todos do segmento da gravidade da doença e de todos os aspectos econômicos envolvendo as medidas. Ouça a conversa na íntegra: