Professora que participou do resgate de animais no Pantanal exalta conhecimento e técnica das equipes

Karina Anunciato e Michael Franco

A professora avalia que a escolha técnica de combate permitiu a formação de corredores de fuga aos animais. (Foto: Adriano Boeno e Jhonnathan Macedo)

No Papo Cabeça desta terça-feira, 01, a professora dos cursos de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade Católica Dom Bosco, Paula Helena Santa Rita contou sobre sua experiência no resgate dos animais durante as queimadas no Pantanal, este ano. Ela que fez parte do Grupo de Resgate Técnico no Pantanal (Gretap), em conjunto com o Conselho Regional de Medicina Veterinária, Instituto Homem Pantaneiro, Instituto Tamanduá entre outros, destacou a importância de se conhecer as peculiaridades do bioma e ressaltou o trabalho das equipes de combate ao fogo. Para ela, a escolha da técnica de manejo e combate ao fogo foi fundamental para garantir o maior número de resgates na Serra do Amolar. “As equipes do Prevfogo não utilizaram a técnica do contra-fogo e isso permitiu que os animais tivessem corredores de fuga. Se eles tivessem utilizado, os animais ficariam presos e não teriam chance. Daí a importância de se conhecer o bioma e escolher a melhor estratégia”.

As equipes do Gretap atuaram em dois cenários: um no Parque das Nascentes do Rio Taquari, e outro na Serra do Amolar. “No Parque, quando nós chegamos já estava tudo queimado. Então lá nós identificamos os pontos de fuga, e subsidiamos na alimentação já que 95% da área estava queimada. Na Serra do Amolar, nós chegamos logo no pós-fogo, aí sim realizamos ações de atendimento emergencial. Alguns animais eram atendidos lá mesmo, outros eram encaminhados para Corumbá e os mais graves vieram para Campo Grande”. 

Impactada com a devastação provocada pelo fogo, a professora disse que não é possível calcular o tamanho do prejuízo, mas que a perda da cobertura vegetal para o pantanal é diferente, do cerrado por exemplo, pois algumas espécies podem não retornar mais dando espaço para as ervas daninhas.

A entrevista completa com a professora da Universidade Católica Dom Bosco, Paula Helena Santa Rita você confere aqui: