“O posto não é o vilão”, diz presidente do Sinpetro ao comentar tributos nos combustíveis

Karina Anunciato e Michael Franco

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Depois de sucessivos reajustes nos combustíveis a discussão sobre o tema tomou todos os âmbitos do poder. O presidente Jair Bolsonaro decretou, na terça-feira (23), que os postos tenham placas informando a composição do valor da gasolina. Para o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo e Lubrificantes (Sinpetro/MS), Edson Lazarotto, será “só mais uma placa no posto”, mas, mesmo tempo, ajudará a enxergar quem ganha mais nos combustíveis.

“Somos taxados muitas vezes como vilão, o posto não é vilão. A menor margem do preço que compõe a gasolina é a do revendedor. É uma maneira do cliente ver que realmente está alto mas é devido aos impostos federais, estaduais, preço de frete”.

Em Mato Grosso do Sul, o governo congelou por 15 dias a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na tentativa de segurar o preço da gasolina. O estado utiliza a modalidade de Preço Médio Ponderado Final (PMPF), que calcula o valor do tributo incidente no combustível de acordo com a média da última quinzena. Com tantos aumentos, o ICSM também aumentaria.

“Os preços ficaram extremamente elevados, então consequentemente teria um PMPF mais alto nos nossos cálculos, o ICMS a partir do primeiro de marços sei R$ 1,65 por litro”, diz Lazarotto. Ele continua explicando que se não houvesse a ação do governo estadual, a gasolina ficaria ainda mais cara a partir da próxima segunda-feira. “O consumidor não aguenta mais os aumentos consecutivos da Petrobras. Impactaria em R$ 0,15 a gasolina”.

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