Eleitor insatisfeito promove renovação na Câmara, avalia sociólogo

Karina Anunciato e Michael Franco

Segundo Cabral, a solução para o desencanto do eleitor com o processo eleitoral é a necessidade de uma profunda reforma política no país (Foto: Erônemo Barros)

Os nomes que representarão o povo nos próximos quatro anos – na Prefeitura e na Câmara Municipal – já foram anunciados, mas o comportamento do eleitor no último domingo promove debate sobre a tendência de repulsa ao pleito eleitoral. Em entrevista ao Jornal das Sete, desta terça-feira (17), o sociólogo e professor Paulo Cabral conversou com nossa equipe e ressaltou a razoável renovação na Câmara Municipal. Neste ano, 17 dos 27 vereadores foram substiuídos. “Isso mostra que as pessoas estão insatisfeitas e buscam por renovação”, avaliou Cabral.

Sobre o aumento da abstenção, o sociólogo não acredita que a pandemia tenha sido um fator determinante, já que ao longo dos anos um terço do eleitorado tem deixado de ir às urnas. Para ele a falta de representatividade tem deixado as pessoas desencantadas com o processo eleitoral, e serve de alerta aos políticos. Segundo Cabral, a solução é a necessidade de uma profunda reforma política no país.

Nas Eleições 2020, em meio a pandemia do novo coronavírus, havia a preocupação de como seria a participação popular neste processo eleitoral. O Tribunal Superior Eleitoral tinha a expectativa que o índice de abstenção pudesse alcançar os 50%, no entanto, apesar do aumento no número de pessoas que abriram mão de escolher um nome para os cargos de prefeito e vereador – comparado a pleitos anteriores – ele ficou na casa de 25% no Brasil, dado semelhante ao de Campo Grande que apresentou 25,14% de abstenção.

A entrevista completa com o sociólogo, Paulo Cabral, você confere aqui: