Com onda de frio, Assistência Social intensifica trabalho na Capital

Karina Anunciato e Michael Franco

Atuação do Serviço Especializado em Abordagem Social (Foto: PMCG)

A massa de ar polar presente de forma mais intensa até a sexta-feira (30) em Mato Grosso do Sul exige cuidados das equipes da assistência social para o atendimento de pessoas em situação de rua.

José Mário Antunes da Silva, Secretário Municipal de Assistência Social (Foto: Assessoria)

Em Campo Grande, o trabalho de busca ativa e de acolhimento é realizado por 12 equipes da Secretaria Municipal de Assistência Social. Os servidores atuam especialmente à noite e madrugada para encaminhar quem está nas ruas para abrigos, ou ainda oferecer o máximo de proteção com cobertores para quem se nega a receber a ajuda.

Em entrevista ao Jornal das Sete desta quinta-feira (29), o Secretário de Assistência Social da Capital, José Mário Antunes da Silva explicou que a maior preocupação com quem está nas ruas, nestes dias de baixas temperaturas, é que muitas vezes essas pessoas são usuários de drogas o que altera a percepção do frio.

“Muitas vezes elas não sentem, porque estão sob o efeito do psicoativo, devido a dependência química. Tomaram ou injetaram alguma droga, então naquele momento eles não estão sentindo frio.”     

O trabalho intensificado no inverno conta com a ajuda do Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Militar e Guarda Civil Metropolitana. Para obter maior êxito na aproximação, José Mário explicou que tem orientado as equipes do Serviço Especializado em Abordagem Social (SEAS).

“Essas equipes percorrem os principais pontos de concentração dessas pessoas em situação de rua, 24 horas por dia, nos sete dias da semana. As equipes passam em sistema rotativo, mas muitas pessoas se escondem. Por isso, também é muito importante a ajuda da população para nos informar. Nossa cidade é muito grande, são quase 1 milhão de habitantes, então nós pedimos que as equipes passem em rotatividade e invertam o percurso para que se a equipe 1 não conseguir, a equipe 2, ou a 3 vai conseguir abordar.” 

Quem aceita a ajuda é encaminhado para a Unidade de Acolhimento Institucional para Adultos e Famílias – antigo Cetremi, Casa de Apoio São Francisco de Assis, Casa de Passagem e Resgate e comunidades terapêuticas, só nesta última há atualmente 300 pessoas acolhidas.

Durante o inverno, a aceitação de acolhimento pela assistência social de pessoas em situação de rua sobe 45%. A maioria das pessoas nessas condições são homens, correspondendo a 90% do total, com idade que varia entre 21 a 58 anos.

Quem desejar contribuir com doações de roupas, calçados, cobertores e também para informar sobre a presença de alguém em situação de vulnerabilidade pelo frio pode entrar em contato com os telefones (67) 9 8404-7529; 9 8471-8149 ou no disque 100.

 A entrevista completa com José Mário Antunes da Silva, você confere aqui: