Dos oito casos confirmados para a Varíola dos Macacos (Monkeypox) em Mato Grosso do Sul, sete foram registrados em Campo Grande. Os dados são do boletim epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (SES) divulgado nesta segunda-feira(09).
A pasta anunciou ainda que acompanha outros 12 casos suspeitos e uma (1) morte a esclarecer, sob a suspeita de ter sido causada pelo vírus. Em entrevista ao Jornal das Sete, desta terça-feira (09), Danila Frias – Responsável Técnica de Saúde Única da SES – explicou que o paciente um homem de 31 anos de Camapuã, veio a óbito após um quadro bastante debilitado.
“Com relação ao óbito é importante ressaltar que não é motivo para pânico porque o paciente chegou ao hospital com um quadro bastante debilitado, com vários sintomas e sinais clínicos. Mas ele também apresentava erupções cutâneas. E devido ao fato dele apresentar as erupções cutâneas, pela vigilância da doença no estado, o caso foi notificado como suspeito, como caso a esclarecer. Porém, devido ao quadro clínico geral que ele vinha apresentando e não pelas lesões de pele, ele veio a óbito”.
Frias falou ainda que como o Estado não possui aqui um laboratório para a confirmação da varíola dos macacos, as amostras suspeitas são enviadas para o Rio de Janeiro.
“Nós temos casos em investigação porque o exame da monkeypox não é realizado no estado. A amostra é enviada para o laboratório de referência. E hoje o laboratório de referência de Mato Grosso do Sul, fica no Rio de Janeiro, então tem todo um trâmite do envio da amostra e a devolutiva do resultado. Eles (os casos) são notificados como suspeitos porque se enquadram na definição de caso do Ministério da Saúde, que é apresentação das erupções cutâneas que podem vir ou não com febre”.
O período de incubação e desenvolvimento da doença é de cerca de 21 dias. A responsável Técnica de Saúde Única da SES comentou que os 8 pacientes confirmados no estado, realizaram o isolamento e já se recuperaram.
“O período de incubação pode durar 21 dias. Então se o paciente chega hoje na unidade de saúde com o relato do sintoma é importante que seja feita toda a anamnese perguntando tudo o que este paciente realizou nestes 21 dias. Da mesma forma os contatos”.
Em relação ao contágio, os dados da secretaria apresentam também o perfil de infecção dos casos confirmados: 25% tiveram contato com viajantes; 75% tiveram contato íntimo com parceiro desconhecido e 25% contato com caso provável.
Prevenção
A prevenção ao contágio acontece através de medidas básicas de higiene e evitando o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas, roupas ou outros itens que possam ter entrado em contato direto com as vesículas ou secreções do paciente.
“Se tiver um caso confirmado em casa é importante a utilização de máscaras faciais, porque existe a possibilidade de contágio por partículas respiratórias”.
Inclusive, a utilização de mascaras é uma recomendação específica para gestantes, puérperas e lactantes. A taxa de letalidade da doença é considerada baixa.
Teleatendimento em Campo Grande
Dentro do plano de ação da Secretaria Municipal de Saúde, a pasta ampliou o serviço de teleatendimento da prefeitura.
Agora, além de prestar atendimento através de orientações, teleconsultas e monitoramento de pacientes com Covid-19, o serviço de teleatendimento oferecido pela Prefeitura também está apto para acompanhar e orientar pacientes confirmados ou suspeitos de Monkeypox, além de seus contatos próximos.
O atendimento funciona das 7h às 19h. Na Capital, todas as unidades prestam o atendimento em saúde normalmente para a suspeita de monkeypox. No entanto, para agilizar o serviço serão definidas sete unidades sentinelas para a realização da coleta de material de paciente com suspeita de varíola. O telefone do teleatendimento é 2020-2170.
A entrevista completa com Danila Frias, você confere aqui: